… Tornar-se o guia de si mesmo é condição essencial ao educando porque, em face da complexidade inerente à realidade, máxime, a social, a iniciativa para inovar depende sempre dos níveis de criticidade e autonomia alcançados. Desenvolver no educando esse tipo de competência põe em xeque todo paradigma educacional tendencioso a, simplesmente, repassar conteúdos prontos e acabados. A imposição de valores sociais anacrônicos e padrões culturais rígidos, comum a esses modelos, não se ajusta ao escopo de uma educação crítica e, sobretudo, capaz de assegurar o desenvolvimento de uma postura autônoma. Segundo Macedo Filho (2018), o alcance da autonomia exige que seja extirpada a não correspondência entre a realidade e a representação, quase sempre grotesca, que dela se faz, em função dos condicionantes sociais e culturais. Em face dessa exigência, as questões, entre outras de igual relevância, que devem se constituir em objeto de análise, por parte de docentes propensos ao desenvolvimento de uma educação transformadora, são estas: O que fazer para elevar o educando a ponto de inquietação e consequente busca pelo novo? Fomentar atitudes inovadoras impõe ao trabalho docente uma formatação distinta da educação tradicional? A liberdade político-pedagógica é requisito prioritário para uma educação transformadora?